O setor aéreo foi, sem dúvidas, um dos mais afetados pela crise gerada pela pandemia do Novo Coronavírus.
O Brasil não teve o fechamento dos seus aeroportos decretados pelo governo federal. Porém, muitos destinos que antes recebiam dezenas de voos diários, passaram a ter apenas alguns raros pousos e decolagens diariamente.
Segundo a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), as empresas Latam, Gol e Azul tiveram queda de mais de 90% na quantidade de voos previstos para o mês de abril.
Além disso, no mesmo mês, elas sentiram fortes quedas no seu valor de mercado. A Azul perdeu 82% do valor de suas ações na bolsa de valores, enquanto LATAM caiu 47% e GOL 65%.
No entanto, ainda que as viagens tenham diminuído drasticamente, alguns profissionais continuaram trabalhando. Muitos deles estão tendo que enfrentar o perigo de contaminação pelo vírus e ainda o preconceito de outras pessoas.
Setor aéreo está se reinventando
Todo mundo está sendo afetado pelas mudanças causadas por essa pandemia. O setor aéreo está tendo que se reinventar de diversas maneiras para que consiga continuar operando, sem esquecer da proteção à saúde, evitando espalhamento do vírus.
No saguão dos aeroportos a limpeza e higienização foi redobrada. O distanciamento entre mesas e assentos garante menos aglomeração.
As companhias aéreas fazer higienização completa de suas aeronaves a cada pouso ou decolagem, limpando assentos, cintos de segurança, apoios de braços, janelas, saídas de ventilação, mesinhas, carrinhos de serviço, compartimentos de bagagem, banheiros e portas. Além disso, dentro dos aviões também está sendo disponibilizado álcool em gel.
A maioria das empresas do setor aéreo está adotando o hábito de fazer exames constantes em seus funcionários, principalmente comissários e pilotos, que estão mais expostos ao contato com várias pessoas.
Ainda existem medidas de distanciamento dentro da aeronave, já que agora há mais assentos livres em determinados voos, é possível distribuir mais os passageiros e evitar proximidade.
Os comissários também evitam manusear as bagagens dos passageiros e, caso notem sintomas suspeitam, seguem protocolos para manter o passageiro isolado durante a viagem.
Vale lembrar também que, ainda que pareça um lugar extremamente fechado, as aeronaves renovam 99,9% do ar que circula a bordo, garantindo que os passageiros e tripulantes não fiquem respirando o mesmo ar e aumentando as chances de contaminação.
Quem ainda continua trabalhando durante a pandemia?
Muitas empresas tiveram suas operações bastante reduzidas durante estes últimos meses. Para não demitir tantos trabalhadores durante a grande diminuição de demanda, algumas empresas estão fazendo acordos para reduzir jornadas e pagar menos, ou conceder licenças não remuneradas, porém garantindo o emprego de seus funcionários com a situação se normalizar.
Comissários, pilotos, atendentes, mecânicos. A grande parte dos profissionais que trabalham nos aeroportos, responsáveis por ajudar as aeronaves a decolar, continuam trabalhando, com carga reduzida em alguns casos.
Profissionais de áreas administrativas, que não precisam necessariamente estarem presentes nas empresas, escritórios, etc, estão trabalhando de casa, colaborando para a diminuição da proliferação da COVID-19 e mantendo o setor aéreo em funcionamento.
Por ser um país muito grande, com dimensões continentais, há lugares onde a pandemia está controlada e já há uma gradual normalização do tráfego. Isso traz um prognóstico otimista para o setor aéreo brasileiro.
Também temos diversas pessoas que precisam utilizar o transporte aéreo para se locomover a trabalho. O setor de transporte de cargas continua a todo vapor, ainda mais agora, onde notamos um grande crescimento nas compras online. É preciso transportar mais produtos por todo o país e a aviação segue importante para manter a economia girando.
Ainda que o turismo demore a retomar seu ritmo anterior, o setor aéreo segue trabalhando, mantendo suas atividades e, claro, pensando na segurança de todos e fazendo o possível para que o vírus seja contido e tudo volte ao normal o quanto antes.