O que os grandes comandantes aéreos esperam do futuro da aviação?

Agora que a pandemia causada pelo novo Coronavírus perde forças, comandantes aéreos e outros profissionais da aviação avaliam como deve ser o futuro da aviação.

Algumas tendências mostram um crescimento importante da aviação executiva. Além disso, o governo brasileiro investirá bastante na infraestrutura aeroportuária nos próximos anos. Essas e outras notícias nos trazem perspectivas animadoras após um momento de incertezas.

Para mostrar sua visão sobre o futuro da aviação e o que esperam os grandes comandantes aéreos, batemos um papo com Douglas Guardiola, piloto e instrutor de voo, que conta um pouco de sua experiência no setor e indica o que podemos esperar.

O mercado exigirá profissionais cada vez mais habilitados

O futuro da aviação é cada vez mais tecnológico. Os drones, por exemplo, são uma realidade comum no exército, que já não usa mais aviões tripulados para reconhecimento e ataque. A aviação civil também já estuda esse uso para transporte de cargas e passageiros.

No entanto, quanto mais a tecnologia evolui, mais pessoas são necessárias para que tudo continue funcionando da melhor maneira possível.

Serão necessários mais profissionais para controlar e gerenciar estas tecnologias e, quando houver ponto de contato com os passageiros, os humanos serão essenciais para prestar o suporte que as máquinas não conseguem.

Douglas Guardiola, em sua entrevista para nós da AEROTD, cita que existem estudos que mostram que há falta de profissionais habilitados para atender as necessidades do mercado em um futuro próximo.

Douglas Guardiola - Piloto e Instrutor de Voo — Fonte da Imagem: AEROTD

É importante que os profissionais entendam que o aperfeiçoamento precisa ser constante e, hoje em dia, já é possível se preparar para atuar no setor aéreo estudando à distância.

Até mesmo grandes comandantes aéreos podem (e devem) se aperfeiçoar através de cursos presenciais ou em formato EaD.

Comandantes aéreos devem dar atenção às competências comportamentais

Sabe aquela famosa frase “contrate caráter, treine habilidades”? Segundo Douglas Guardiola o futuro da aviação vai levar em conta esta frase cada vez mais.

O profissional deve focar não somente nas qualidades técnicas, mas também em suas qualidades comportamentais.

Afinal, a qualidade no atendimento e nas interações interpessoais vem tendo uma importância cada vez maior nas organizações e, por isso, é importante que os profissionais estejam preparados para lidar com situações de estresse, tenham resiliência, saibam trabalhar em equipe e desenvolvam outras soft skills.

Para Douglas, “a capacidade de gerenciar os aspectos técnicos e não-técnicos é a qualificação mais importante para um comandante de aeronaves.”.

Douglas Guardiola - Piloto e Instrutor de Voo - Máscara Pandemia — Fonte da Imagem: AEROTD

Cursos superiores terão cada vez mais importância no futuro da aviação

O comandante Douglas Guardiola já tinha mais de 20 anos de experiência no setor quando ingressou na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da AEROTD.

Ele confessa que, inicialmente, pensou que o aproveitamento seria mínimo, no entanto, se surpreendeu com a diferença que este curso promoveu em sua carreira.

“Tive a chance de revisar alguns conteúdos mais básicos e desenvolver outros assuntos mais complexos. As matérias são dispostas para que os alunos trabalhem todas as áreas da aviação, além de criar oportunidades para que a construção do conhecimento seja feita de maneira equilibrada e sólida. Sou grato por fazer parte da primeira turma dessa faculdade e recomendo o curso para os profissionais da aviação, especialmente pilotos que desejam “algo a mais” no desenvolvimento de suas carreiras.”.

Essa sensação de que a Faculdade de Ciências Aeronáuticas da AEROTD é completa, se dá por um compromisso que vem desde a concepção do curso. Ele foi elaborado por professores e gestores da área de aviação, sendo voltado para comandantes aéreos e profissionais que desejam uma formação completa, se tornando essenciais em qualquer empresa.

Douglas complementa: “Por ser um curso técnico por natureza, a ênfase certamente está voltada para matérias como Navegação, Meteorologia, Inglês Técnico, etc. Mas o que achei muito bom é que a parte comportamental, ou não-técnicas foram muito bem trabalhadas nas matérias como Fatores Humanos, Gestão de Pessoas, Psicologia Aplicada, etc. Isso contribuí muito para o desenvolvimento do profissional, ao passo que todas as competências exigidas à atuação do piloto são trabalhadas ao longo do curso.”.