A aviação executiva no Brasil desempenha um importante papel em um país continental como o nosso, alcançando lugares e conectando pessoas que as companhias aéreas tradicionais não conseguem chegar.
Seja por meio de um fretamento de aeronave, utilização de táxi aéreo ou da compra de empty leg em um voo, este tipo de serviço traz mais agilidade e facilidade para quem precisa economizar tempo.
Quem busca a aviação executiva busca principalmente isso: economizar seu tempo. Além, é claro, de exclusividade, privacidade, qualidade no serviço e maior segurança.
Algumas tendências da aviação executiva no Brasil mostram exatamente isso: o seu crescimento nos próximos anos se dará principalmente pela economia de tempo gerada e também pela segurança, algo cada vez mais prezado pelas pessoas por conta da pandemia.
Na aviação privada é possível viajar seguro, com menos pessoas, evitando riscos à saúde.
O crescimento da aviação executiva apesar da pandemia
Quando a pandemia atingiu seu momento mais crítico, em 2020, o setor da aviação foi fortemente impactado. 93% da malha aérea foi reduzida. Voos pararam de decolar para evitar a proliferação do vírus.
No entanto, o setor de aviação executiva não teve diminuição tão acentuada, sofrendo “apenas” 50% de queda.
Em setembro de 2020 o setor já havia retomado o mesmo patamar de antes da pandemia e, hoje, em 2021, já houve crescimento de cerca de 5% com relação ao período anterior à crise sanitária.
Importantes alterações regulatórias também foram responsáveis por este crescimento, como a autorização da venda de assentos individuais pela Anac e a regulamentação da aquisição compartilhada de aeronaves.
Brasil possui a segunda maior frota de aeronaves executivas do mundo
Com cerca de 2.000 turbo-hélices executivos e jatos, o setor de aviação executiva brasileiro conecta quase 1.225 municípios em todo o país, fazendo frente a apenas 105 aeroportos conectados por meio da aviação comercial.
O México, terceiro da lista, possui uma frota de aproximadamente 1000 aeronaves, metade da frota brasileira, e a Alemanha, cerca de 750.
Isso se traduz em uma oportunidade de 4 bilhões de reais por ano, dividida entre fretamentos executivos, serviços médicos e operações especializadas.
O país dos turbo-hélices
Os aviões turbo-hélices são responsáveis pela força da aviação executiva no Brasil. Por serem menores, mais versáteis e mais adequados para pistas curtas, acabam se tornando a melhor opção para este setor, que precisa se adequar a pistas pequenas em lugares remotos e com menor infraestrutura.
Os turbo-hélices correspondem a mais de 60% da frota de aviões executivos no país, o maior número entre os 15 principais mercados do mundo.
O país dos helicópteros também
Ao contrário do que o senso comum pode indicar, a cidade que possui a maior frota de helicópteros no mundo é São Paulo, aqui no Brasil. Atualmente na capital paulista existem entre 450 a 500 helicópteros, que atendem em mais de 40 helipontos espalhados pela área metropolitana da cidade.
Nova York, uma das cidades mais importantes do mundo, centro do mercado financeiro mundial, fica em segundo lugar, contando com cerca de apenas 120 helicópteros.
O fato da cidade sofrer há muito tempo com a infraestrutura rodoviária precária, claro, colaborou para que a aviação executiva se desenvolvesse na região.
Atualmente a região da capital paulista conta até com uma torre dedicada ao controle do tráfego de helicópteros, sendo a única cidade do mundo com esse tipo de serviço.
Veja mais tendências da aviação executiva no Brasil
Em 2020, ainda durante o período crítico da pandemia, o Diretor da Faculdade de Tecnologia AEROTD, Juan Henrique Pereira Ibañez, fez uma live com Carlos Bertotto, empresário, fundador da Brave Aeronaves Compartilhadas, da Upworks Espaços Colaborativos e coordenador dos Cursos de Ciências Aeronáuticas e Engenharia da Computação na UNIFTEC
Neste bate-papo eles falaram sobre algumas tendências para o mercado de aviação executiva, principalmente pensando na retomada e possível crescimento após o período crítico da pandemia.
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