O Brasil tem um território imenso, no entanto, ao analisar sites que mostram ao vivo a movimentação aérea, como Flight Radar e Flight Aware, conseguimos notar que nem todo nosso território é coberto por linhas aéreas. Ainda há muito espaço para a expansão da aviação regional em nosso país.
Ao fazer um comparativo com a malha aérea do Estados Unidos, por exemplo, um país próximo e com proporções continentais como a nossa, notamos que há muito mais aviões no céu americano do que no brasileiro.
Algumas estimativas acreditam que o Brasil tem potencial para ter cinco vezes mais rotas aéreas do que possui atualmente. Analisando esta oportunidade, muitas empresas começam a investir nesta expansão da aviação regional brasileira.
Políticas públicas facilitam a expansão da aviação regional
Algumas medidas adotadas pelo governo federal estão facilitando a expansão da aviação regional. Em 2019, por exemplo, os governantes brasileiros aprovaram uma medida que libera a entrada de até 100% de capital estrangeiro para investimentos no setor aéreo. Antes os investimentos estrangeiros ficavam limitados a 20% do total.
Dessa forma, com a possibilidade de que empresas de fora do nosso país coloquem mais dinheiro no setor de aviação do Brasil, é possível projetar um crescimento cada vez maior. Como bom exemplo disso, podemos citar o grupo suíço Zurich Airport, que ganhou a concessão de operação total do aeroporto de Florianópolis por 30 anos. Logo após assumir a gestão, iniciou a reforma e ampliação do terminal de passageiros e criação de demais estruturas, totalizando R$ 570 milhões em investimentos.
Outra boa medida a ser citada foi a aprovação da redução do ICMS sobre o combustível das aeronaves, aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo. A taxa que antes era de 25% passará para 12% gerando economia para empresas e aumentando a possibilidade de mais investimentos no setor.
Isso facilita a expansão da aviação regional, visto que companhias menores poderão operar com maior lucratividade. Apesar da medida valer para São Paulo, o Brasil inteiro se beneficia, já que a maior parte das linhas áreas passa pelo Estado.
Segundo a ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) a estimativa é de que surjam 500 novos voos semanais, uma média de 416 voos nacionais, 21 para estados e 74 regionais (Incluindo mais 6 localidades novas dentro do estado de São Paulo).
Estima-se também, com esta medida, mais de 60 mil novos empregos e mais de 1,3 bilhão em salários. Os benefícios são diversos, além da movimentação na economia das regiões envolvidas o turismo também é aquecido.
Empresas começam a sentir as oportunidades
Sentindo as mudanças positivas no setor, muitas empresas começam a fazer seus investimentos. A Passaredo Linhas Aéreas, por exemplo, que é sediada no município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, comprou a operação da companhia aérea MAP, que atua principalmente no Pará e Amazonas, com o intuito de fomentar a expansão da aviação regional no Brasil.
Com o fechamento deste negócio, a cia aérea passa a ter 26 operações diárias no Aeroporto de Congonhas, na capital, São Paulo. Além disso, segue com viagens fixas para 28 cidades e ainda existe a previsão de chegar a ter 37 destinos até o fim de 2019.
Há a previsão de novos voos no interior para Araçatuba, Bauru e Marília, no Estado de São Paulo, Uberaba (MG), Ipatinga (MG), Dourados (MS) e Ponta Grossa (PR). Após esta ampliação da malha aérea, focando o interior da região centro sul, a empresa vai mirar na diversificação de destinos no Norte do país.
A Passaredo confirma que manterá todas as operações atuais da MAP para os 14 destinos entre Amazonas e Pará, bem como todos os postos de trabalho nas bases operacionais e na sede da empresa, em Manaus (AM).
Este é o momento de buscar ingressar na área
Com a expansão da aviação regional no Brasil, uma coisa é certa: as empresas precisarão de profissionais qualificados para suprir a crescente demanda.
Esse é um ótimo momento para quem deseja ingressar na área começar a se preparar. Quem optar por um Curso Superior de Tecnologia em Transporte Aéreo, por exemplo, poderá em seis meses de curso já buscar uma vaga como comissário de voo e continuar estudando até o final do curso para buscar cargos cada vez mais interessantes para a sua carreira.
Quem deseja decolar seu futuro, precisa aproveitar agora, pois a aviação brasileira promete voar alto.
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