Legislação Aeronáutica: o que o técnico precisa saber na prática
Postado em 7 de November de 2025
Quando a gente fala de manutenção de aeronaves, “seguir a lei” não é só cumprir tabela. É cuidar de pessoas, de reputação e de carreira. A boa notícia: dá para entender o essencial sem utilizar termos complicados. Bora ao que interessa.
1) Legislação brasileira aplicável à manutenção
Na prática do hangar, as regras mais presentes no dia a dia tratam de:
- Publicações técnicas e versões: executar conforme manual vigente, com revisão atualizada e rastreável;
- Execução, testes e documentação: fazer, testar e registrar o serviço com quem fez, quando, horas e peças (PN/SN);
- Controle de boletins e diretrizes: verificar SBs/ADs aplicáveis antes de liberar a aeronave;
Esses pontos aparecem nos referenciais de manutenção e nas boas práticas de organização de oficinas.

2) Regras específicas para helicópteros
Helicópteros têm particularidades que costumam vir de manuais e boletins do fabricante (RFM/MM, CMM, SRM, etc.). Entre os temas que mais aparecem:
- Limites estruturais e métodos de reparo (ex.: SRM);
- Procedimentos elétricos e de inspeção (ex.: WDM);
- Itens críticos de vibração/rotor e a importância de seguir o passo a passo do AMM;
A chave é usar a última revisão e a lógica ATA 100/iSpec 2200 para localizar rápido a informação certa.
3) Responsabilidades do técnico de manutenção
O técnico é o “dono do procedimento” enquanto executa a tarefa. Isso inclui:
- Planejar a tarefa antes de pegar a ferramenta: checar torque, ferramentas especiais, EPI e pré-requisitos;
- Seguir exatamente o método do manual: tolerâncias, torques e testes funcionais;
- Documentar e liberar: preencher o registro de manutenção e só liberar quando tudo estiver conforme;
Essas rotinas protegem você, a empresa e o cliente — e são auditáveis.
4) Procedimentos de certificação e liberação
No dia a dia, pense em três camadas:
- Organização/Oficina: manter sistema de publicações técnicas, ferramentas calibradas e controle de revisões;
- Execução: cumprir o procedimento do manual, passo a passo;
- Liberação: registrar corretamente e verificar ADs/SBs antes de devolver a aeronave ao serviço;
Esse fluxo alinha conformidade e segurança operacional.

5) Investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos
Prevenção nasce na cultura de segurança da oficina: reportar ocorrências, evitar trabalho com publicações desatualizadas e respeitar limites do manual (estrutural, elétrico, etc.). Em caso de evento, preservar evidências e comunicar pelos canais formais faz diferença para aprender e evitar reincidências.
O que você leva para a prática
- Agilidade para achar a informação certa (ATA/iSpec) e trabalhar sempre na última revisão;
- Execução com padrão: método, torques, testes e registros completos;
- Documentação redonda para auditorias e para sua proteção profissional.
Ficou interessado no assunto? Fale com um dos nossos agentes de relacionamento pelo WhatsApp: (48) 99653-0440.

Fontes (citadas também no Excel)
- Tabela de Matérias do Blog – AEROTD (planilha interna).
- RBAC 145; IS 145.109-01; interface com RBAC 43 (publicações técnicas e controle de revisões).
- ATA 100 / iSpec 2200 (padronização de capítulos e dados técnicos).
- Boas práticas de execução, documentação e retenção de registros.
Compartilhe